Situação atual da indústria automobilistica brasileira
RENATO F
DESAFIO PROFISSIONAL:
SITUAÇÃO ATUAL DA INDÚSTRIA AUTOMOBILISTICA BRASILEIRA
Bauru - São Paulo
Março 2012
1 INTRODUÇÃO
O mercado automobilístico nacional passou por grandes mudanças desde que o ex-presidente Fernando Collor deu início, em fevereiro de 1991, ao processo de abertura da economia. De lá para cá, novas montadoras instalaram-se no país interessadas em um segmento que não parou de crescer.
Hoje, as cerca de 40 marcas presentes no país brigam num mercado mais maduro e concorrido, onde ganhar participação de mercado tornou-se tarefa difícil.
A coreana Kia, por exemplo, que produz seus carros na Coreia do Sul e os exporta ao país, teve seu melhor ano no país em 2010. A montadora beneficiou-se do fato de que a moeda coreana valorizou-se menos que a brasileira no período – respectivamente, 2% e 11% sobre o dólar. Em outras palavras, o real ganhou musculatura ante o won. Enquanto nenhuma das quatro líderes (Fiat, Volkswagen, General Motors e Ford) acompanhou o crescimento das vendas internas no ano passado – de 11,6%, um recorde histórico –, a Kia foi muito além. Conseguiu expandir suas vendas em 121,1% e hoje já está à frente da Mitsubishi e da Nissan, com uma participação de 2,25% do mercado nacional. “Com o câmbio atual é bastante atrativo importar; especialmente carros para o segmento AB, como é o caso da Kia”, explica Stephan Keese, diretor da Roland Berger Strategy Consultants para o mercado automotivo.
A também coreana Hyundai – que, apesar de independente, integra um só grupo automotivo com a Kia – também teve um ano excelente. Impulsionada pelo desempenho do hatch i30, seu modelo com maior saída, ela cresceu 36,4% em 2010, ultrapassou a japonesa Toyota e já é a sétima maior em vendas no Brasil, com 3,23% do mercado atualmente. A empresa conseguiu reverter, por completo, a má reputação dos anos 90, quando seus carros davam muito problema e havia dificuldades para encontrar peças de reposição.