sistemas e processos de produção
Wickham Skinner, da Universidade Harvard, em um artigo1, e Joan Woodward2 praticamente esgotaram o que se poderia dizer de original sobre a relação de “fabricação” com estratégia. Contudo, vamos tentar dizer algo. A empresa é basicamente uma “caixa preta” que recebe inputs e transforma-os em produtos e impostos.
Matéria-prima
Empresa
Produto (serviços)
Instalações
Impostos
Tecnologia
Mão-de-obra
Energia
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Figura 1 – A empresa.
É principalmente na área de produção que essa transformação se opera. A área de produção estabelece a tecnologia utilizada e, em função disso, o processo, o equipamento e o maquinário de fabricação, as características de mão-de-obra, as especificações de matéria-prima e parte das do produto e, em decorrência disso, vai poder a firma atender ou não às necessidades do mercado; vai a empresa poder obter recursos financeiros, para baixar custos e competir melhor ou não, vai estabelecer seus sistemas de controle e planejamento de produção etc.
Se a estratégia define a estrutura da empresa ou se a estrutura, principalmente a “estrutura do poder”, é que determina a estratégia, é algo que vem sendo discutido e pesquisado há anos nas principais escolas de administração do mundo, sem que se tenha chegado a uma conclusão. De qualquer forma, a tecnologia tem uma força limitativa muito grande na formulação de estratégia. Por exemplo, em indústrias intensivas de capital, de grande volume de produção e de valor unitário baixo do produto, como produção de aço e de cimento, as decisões sobre qualidade do produto, faixa de penetração, desinvestimento e mesmo de entrada no mercado são de muito menor amplitude de variação do que as mesmas decisões em indústrias de transformação de maquinário relativamente barato e flexível, como confecção.
A tecnologia daquelas indústrias sofre transformações menos freqüentes do que as das tecnologias emergentes, como comunicação e processamento de dados, e por