sistemas de arrefecimento
As consecutivas combustões do motor levam o mesmo a atingir temperaturas pico dentro da câmara de combustão (2000°c). Fato este que levaria a destruição total do motor caso não houvesse um sistema de arrefecimento que retirasse o calor das paredes da câmara de combustão. Os diversos componentes do motor trabalham a diferentes gradientes térmicos, sendo que as paredes do cilindro não podem ultrapassar a temperatura limite do óleo lubrificante (150°c). Diretamente em contato com a combustão, os pistões trabalham a temperatura de 320°c, o limite do seu material (liga de alumínio). A câmara de combustão atinge em torno 200°c, sendo que outros componentes também ligados a combustão trabalham a temperaturas maiores.
Figura 1 - Sistema
As válvulas de admissão (120°c) por sua vez tem o fluxo de ar/combustível que retira calor das mesmas no momento de sua admissão, mas as válvulas de escape(750°c) trabalham sob constante estresse térmico, pois os gases da combustão são retirados da câmara de combustão através dela, assim como a vela(500-600°c) que efetua a combustão. Válvulas conseguem trocar de calor com suas sedes e guias, e as velas escoam sua temperatura para o cabeçote, e finalmente o fluído de arrefecimento troca de calor com estes.
A importância do sistema de arrefecimento está no fato de que a temperatura interna do motor deve ser tal que, o óleo consiga trabalhar com boa viscosidade, que as folgas internas sejam preenchidas, que a expansão da frente de chama não atinja as paredes da câmara e principalmente, que a temperaturas elevadas da câmara de combustão sejam evitadas devido, ao efeito nocivo da detonação. Com isso o sistema de arrefecimento trabalha para manter o motor em sua temperatura ideal, sendo esta cerca de 90-95°c, e consumindo entre 25-35% da potência do motor.
As perdas de calor, direta e por atrito, reduzem a potência disponível e a eficiência em comparação com o ciclo A/C correspondente (teórico). O estudo das perdas