Sistema toyota de produção
Professor Thiago Trindade
Material retirado de: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0892/noticias/por-dentro-da-maior-montadora-do-mundo-m0128084 03/05/2007 15:25
Por dentro da maior montadora do mundo
Com uma cultura baseada na tradição, na melhoria contínua e no trabalho em grupo, a Toyota roubou a liderança da rival GM
Cristiane Correa e de Tóquio e Toyota City, de
Watanabe, presidente da Toyota: a liderança não merece comemorações. Toyota é um tédio. Na montadora asiática não há "executivos celebridade" -- seu presidente, o japonês Katsuaki Watanabe, é um sujeito discreto, pouco afeito a entrevistas, festas ou frases bombásticas. As maiores inovações da empresa levam anos até sair das pranchetas e ganhar as ruas -- o híbrido Prius, por exemplo, seu modelo mais revolucionário, demorou quase 50 meses para ser idealizado e atingir o nível de desempenho exigido pelos engenheiros da Toyota. Na matriz, os funcionários têm emprego vitalício, uma instituição decrépita até mesmo na conservadora sociedade japonesa, e a alta cúpula trabalha com um conceito muito particular do que seja meritocracia -- para galgar posições na hierarquia, é preciso ter não apenas talento, mas também idade (mais de 50 anos, no caso dos vicepresidentes, e perto de 60 para assumir a presidência). Nenhum julgamento é feito da noite para o dia ou baseado no argumento de "aproveitar oportunidades de mercado" -- na Toyota, a tomada de decisão é um processo consensual, jamais motivado por fatores como o chamado "efeito manada". Tudo é lento, planejado, modorrento. Mas tudo é também praticamente perfeito. A fórmula apoiada em discrição, busca pela qualidade, longo relacionamento com empregados e fornecedores e crescimento meticulosamente calculado levou a Toyota à inédita liderança do mercado mundial de automóveis no fim de abril, ultrapassando a americana General Motors, que havia 73 anos ocupava o posto. Trata-se de um