Sistema financeiro alemão
Vitols, S. Changes in Germany’s Bank-based financial system: a varieties of capitalism perspective
Nassuno, M. As transformações recentes na estrutura do sistema financeiro alemão e as implicações sobre a politica monetária.
1. ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO ALEMÃO
Em países Market-based, podemos dizer que há um modelo shareholder: não leva em conta outros interesses e informações são públicas. Há disciplina de mercado nas empresas, que voltam sua administração para maximizar o valor de suas ações no curto prazo. O mercado observa e precifica todos os dias a empresa, que pode sofrer uma aquisição hostil caso suas ações estejam com preço baixo no mercado.
Na Alemanha, que é considerado um sistema bank based, que é stakeholder oriented, considera os interesses de todos os agentes envolvidos e afetados pelo processo administrativo.
Os bancos no Sistema Financeiro Alemão são Bancos Universais: provêm financiamento externo para empresas, recolhem poupança das famílias, têm assento nos conselhos supervisórios das corporações. Bancos não dão crédito para aquisições hostis, já que isso prejudicaria a relação banco-cliente, que é muito próxima.
Bakred: departamento federal de supervisão das atividades financeiras – supervisiona os bancos, trabalha junto com o Bundesbank, define o arcabouço institucional no qual o Bundesbank vai realizar a política monetária. Em 2002, fundiu-se com outros escritórios e agora a entidade regulatória é chamada de BaFin.
Maior segmento está no setor de poupança pública, que inclui bancos de poupança municipais, regionais (Landesbanken) e nacionais. – não visam lucro, mas é esperado que sejam lucrativos e que estimulem desenvolvimento.
Sistema bancário de 3 pilares, todos são universais e sujeitos à mesma regulação.
1) bancos de poupança públicos: têm os maiores ativos (40% do total de ativos)
i) caixas econômicas (Sparkassen), especializadas em depósitos de poupança (Total: 431). São em sua maioria