Sistema de cabotagem
O serviço do prático é opcional em boa parte da costa brasileira. Na Bacia do Amazonas, a partir de Macapá, sua contratação é obrigatória devido ao alto grau de complexidade da navegação na região. A exceção é para os barcos regionais.
Com isso, a demanda por este tipo de profissional e os salários pagos a eles são cada vez maiores. Estimativa do Sindicato das Empresas de Agenciamento de Cargas, Logística e Transportes Aéreos e Rodoviários de Cargas do Estado do Amazonas (Setcam), 95% de toda a carga que entra e sai do Estado passa pelos rios, com a movimentação de cerca de R$ 7 milhões por dia.
No Brasil não é necessário seguir carreira militar ou ser formado em um curso Superior de navegação para se tornar um prático, como acontece no restante do mundo. De acordo com Coelho, o Brasil e os Estados Unidos são os dois únicos países do grande mercado de navegação internacional que funcionam assim. Apesar de não haver esta exigência, a praticagem do Brasil é a sexta mais segura do mundo.
A seleção de práticos no País é realizada pela autoridade marítima local, a Marinha do Brasil. A instituição militar realiza concursos regularmente para selecionar profissionais para atuar em empresas particulares, espalhadas por 21 zonas de praticagem. O número de práticos necessário para cada zona também é estipulado pela Marinha.