Sistema carcerário:Início,meio ou final da linha?
1. INTRODUÇÃO
Vários fatores contribuíram para que chegássemos a um precário sistema prisional. O abandono, a falta de investimentos e o descaso do poder público foram agravando o problema, de modo que, a prisão não consegue atingir o seu objetivo principal que é corrigir o indivíduo que cometeu o crime para que ele volte recuperado para o convívio em sociedade.
Vivendo em condições desumanas, num ambiente degradante, a chance de um indivíduo sair da penitenciária um ser humano melhor é mínima.
Neste trabalho, iremos falar sobre alguns aspectos do sistema carcerário brasileiro e também sobre algumas melhorias que podem e devem ser feitas.
2. SISTEMA CARCERÁRIO: INÍCIO, MEIO OU FINAL DA LINHA?
O sistema carcerário brasileiro é bastante ineficiente, mais da metade das pessoas que passam por ele tornam a reincidir no erro. Então, ao invés de ser algo benéfico para a recuperação dos indivíduos, o sistema acaba alimentando a criminalidade, num ambiente de total abandono e sem investimentos por parte do poder público.
A superlotação no sistema penitenciário impede que possa existir qualquer tipo de ressocialização e atendimento à população carcerária, o que faz surgir forte tensão, violência e constantes rebeliões além auxiliar na proliferação de epidemias e ao contágio de doenças, dentre elas o HIV. Em meio a todo esse descaso e desorganização, os prisioneiros acabam formando organizações criminosas, que comandam o crime fora da prisão, através de uma comunicação com os que estão do lado de fora do presídio, por meio de aparelhos celulares que entram nas cadeias através da corrupção dos agentes de segurança prisional ou às escondidas durante as visitas familiares e íntimas.
Em decorrência dessa rede de corrupção surgem alguns privilégios para os detentos. Contudo tais regalias só são oferecidas aos que podem pagar por elas, uma supremacia do mais forte sobre o mais fraco. Na contramão dos