Sistema bethesda
Em dezembro de 1988, um pequeno grupo de indivíduos com experiência em citologia, histopatologia e tratamento de pacientes participou de um encontro promovido pelo NCI em Bethesda, Maryland. Este tinha como objetivo desenvolver um sistema de descrição dos esfregaços de Papanicolau que representaria a interpretação citológica de um modo claro relevante para o clínico. Antes disso, os laboratórios usavam um sistema de classificação de Papanicolau numérico, confuso e frequentimente idiossincrásico, ou a terminologia “displasia”, que apresentava pouca reprodutibilidade entre observadores, na prática.
O resultado deste primeiro encontro foi o Sistema Bethesda de 1988 (TSB). Esta nova terminologia refletiu três princípios fundamentas:
1. A terminologia deve comunicar informações clinicamente relevantes a partir do laboratório para o médico responsável pelo atendimento das pacientes. 2. A terminologia deve ser uniforme e razoavelmente reprodutível entre diferentes patologistas e laboratórios e deve ser também, bastante flexível para se adaptar a uma grande variedade de situações laboratoriais e geográficas. 3. A terminologia deve refletir a compreensão mais atual da neoplasia cervical. A nova nomenclatura foi inicialmente recebida com cecitismo por diversos por diversos autores não somente porque a sua proposta consistia na substituição de classificações em uso há diversas décadas, mas também porque eliminava a categoria diagnóstica de displasia moderada ou NIC II. O TBS propôs uma divisão em duas partes, as lesões intra-epiteliais escamosas de baixo e alto grau (LSIL e HSIL). Essa diminuição de categoria de displasias foi baseada nos princípios do Sistema Bethesda já afirmados:
a. LSIL era frequentimente acompanhada, mas levava a uma avaliação colposcópica. b. O número reduzido de categorias diagnósticas melhorou a variabilidade entre diferentes observadores e a reprodutibilidade entre o