Sismologia
As forças tectónicas criam estados de tensão que vão deformando lentamente as rochas e permitindo a acumulação de quantidades colossais de energia.
À medida que o movimento das placas tectónicas decorre, as tensões acumuladas continuam a deformar as rochas, enquanto a sua elasticidade o permitir.
A partir de um determinado ponto, a tensão aplicada ultrapassa o limite de resistência da rocha, isto é, o seu limite de deformação elástica, e a rocha atinge o seu limite máximo de acumulação de energia.
Neste ponto limite, ocorre a rotura do material acompanhada por movimento relativo dos dois blocos formados – falha.
A energia elástica acumulada é libertada sob a forma de ondas sísmicas (vibração dos materiais) e calor.
O deslocamento dos blocos rochosos ao longo do plano de falha permite que a rocha deformada recupere parte da sua forma original – ressalto elástico.
A falha permanece ativa se o efeito das tensões continuar a ser exercido, ocorrendo um sismo quando a tensão tectónica ultrapassar o atrito e os dois blocos se deslocarem ao longo do plano de falha.
Intensidade de um Sismo
A intensidade de um sismo é um parâmetro qualitativo que corresponde aos efeitos provocados pelo sismo e sentidos à superfície num dado local.
A determinação da intensidade de um sismo num dado local tem por base o grau de perceção das vibrações pela população, assim como o seu grau de destruição sobre construções e os seus efeitos sobre a topografia.
Para avaliar a intensidade de um sismo numa determinada área utiliza-se a Escala Internacional ou Escala de Mercalli Modificada.
A intensidade de um sismo depende de:
Profundidade do foco e distância ao epicentro: quanto mais profundo o foco se encontra, menor a intensidade do sismo.
Natureza do subsolo: quanto maior a resistência que os materiais do subsolo oferecem ao serem atravessados pelas ondas sísmicas, menor a intensidade do sismo e vice-versa.