SIRIA
Segundo Nicholas Tselementes, um dos principais estudiosos sobre o assunto, a cozinha bizantina foi marcada por uma fusão da gastronomia grecorromana: embora poucos são os registros dos alimentos e, por conseguinte, as receitas bizantinas, Tselementes vê nítidas relações com a culinária descrita, por exemplo, na Gastronomia de Arquestrato (século V a.C.). Sabe-se que os bizantinos possuíam três refeições (café da manhã, almoço e ceia) e o consumo de alimentos se baseava na classe social. No palácio imperial os convidados eram recepcionados com vinho, frutas, bolos de mel e doces xaroposos. A alimentação das pessoas comuns era mais conservadora. A dieta principal era composta de pães, legumes, leguminosas e cereais preparados de formas variadas. Salada e sopa eram muito populares. Produziam diversos tipos de queijo e faziam a famosa omelete. Também apreciavam mariscos e peixes, de água doce e salgada. Cada família também mantinha um estoque de aves. Eles também consumiam outros tipos de carne que caçavam. Para a caça, eram utilizados cães e falcões, embora, por vezes, fosse empregado armadilhas e redes. Os cidadãos abatiam os suínos no inicio do inverno, e forneciam para suas famílias linguiça, carne de porco, sal e banha de porco para o ano. Apenas as classes mais abastadas comiam cordeiro. Raramente comiam bovinos, pois os utilizavam para cultivar os campos. A forma mais comum de preparo dos alimentos era por cozedura.
Com o comércio de longa distância, Constantinopla foi inundada por inúmeros produtos alimentícios (noz-moscada, tâmara, figo, romã, amêndoas, pistache, caviar, melão, laranja, berinjela) provenientes de inúmeros lugares, principalmente da Ásia. Dos fragmentos de livros bizantinos contidos em dietéticos descobriu-se alguns hábito alimentares bizantinos, bem como as propriedades atribuídas por eles aos alimentos: rosas, dente de