Síria
Motivos
A Primavera Árabe de 2011 no Egito e na Tunísia inspirou os sírios a tomarem as ruas, em março do mesmo ano, em protestos contra o regime ditador. Os sírios expuseram seu descontentamento com o processo político estagnado e pediam uma reforma democrática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos humanos e uma nova legislação. O país tem estado em estado de emergência desde 1962, com Hafez al-Assad tendo permanecido no poder por mais de trinta anos e deixando o governo para seu filho, Bashar al-Assad, que lidera o país nos últimos dez anos.
Os protestos, que começaram com um caráter pacífico, não foram bem aceitos pelo governo, que respondeu com medidas extremas. Manifestantes foram sequestrados, torturados e mortos. As tropas do governo começaram a abrir fogo contra civis, que disparavam de volta.
Em 23 de março de 2011, ao menos 100 pessoas foram mortas pelas forças armadas de ordem durante uma manifestação em Deraa, no sul, que havia sido local de uma revolta uma semana antes. A partir daí, se deu início a onda de revoltas e ataques no país.
Com a implantação de protestos antigovernamentais na Síria, começaram a consolidação de grupos numerosos de oposição. Em 23 de agosto, foi formado o Conselho Nacional da Síria (CNS), na Turquia, tendo como presidente o analista político Burhan Ghalioun.
A Irmandade Muçulmana síria, alguns dissidentes curdos, vários independentes dissidentes sírios e os chamados "Comitês de Coordenação Locais" foram alguns dos principais grupos envolvidos que também se envolveram na organização e coordenação das manifestações contra o governo.
O Exército Livre da Síria (ELS), comandado pelo coronel Riad al-Asaad, formado por centenas de soldados desertores do exército nacional, foi fundado em 29 de julho de 2011 e passou a ser um dos principais braços armados da oposição.
Outro grupo de oposição notório é o Comitê Nacional de Coordenação para Mudança Democrática, que de início fazia