sintese o corpo
Introdução
Segundo o psicanalista Jacques Lacan, dos seis aos dezoito meses de vida a criança descobre sua identidade corporal, é quando ela identifica uma imagem no espelho, começa a ter percepção da imagem do corpo. Temos tão pouca percepção de nos mesmo, ainda muito adulto não tem conhecimento do próprio corpo. O Romancista francês François Mauriac, após se ver na tela de cinema disse: “Imaginamos ver-nos num espelho, mas não nos vemos. Quando vi entrar no salão aquele ancião, pensei que fosse um irmão mais velho, e não consegui dissimular a consternação. Conhecemos tal mal o nosso aspecto físico, como o som de nossa voz. É desconcertante.”
A concepção platônica
Platão, que viveu na Grécia, no século V, a.C, parte da ideia de que a alma já vinha com conhecimento intelectual, ao se unir ao corpo ela passa a ser composta de duas partes, a superior (alma intelectual) e a inferior (alma do corpo). A Alma do corpo seria algo mais mecânico, voltado para desejos, bens materiais, apetite sexual, opiniões que podem levar a um erro, perturbando a alma superior.
Tudo isso parece tão contraditório, pois os gregos sempre idolatraram o corpo, beleza física. O esporte, exercícios, faziam parte do cotidiano, tanto que a Grécia é o berço da Olimpíadas. Mas na verdade, eles têm a concepção de “Corpo e Mente sã”, isso mostra a superioridade de espirito sobre o corpo, sabe-se que a ginastica, exercícios físicos são ótimos para uma saúde perfeita.
O ascetismo medieval
Período final da Antiguidade, marcado pelas migrações bárbaras e início da desagregação da grande unidade representada pelo Império Romano. Estas mudanças geraram crises, entre elas o refúgio dos monges, que se privaram da convivência com as pessoas, a princípio em cavernas, para purificar a alma, depois nos mosteiros, conventos. A purificação destes eram feitas através de jejum, abstinências, flagelações, chicoteando o próprio corpo. A religião medieval se apoiava nos fundamentos racionais do