Síntese da obra benguelê – grupo corpo
Disciplina: Estudo dos Processos Crítico-Analítico I
Semestre: 2012.1
Escrito por: Andreza Silva, Robson Correia, Carolina Dias, Carolina Miranda, Haíssa Brandão e Jane Silva.
Síntese da obra Benguelê – Grupo Corpo
Depois da produção de Parabelo (1997), estreia no dia 29 de outubro de 1998 no Teatro Alfa em São Paulo, o Grupo Corpo em mais uma de suas montagens, desta vez por título: Benguelê. Como de costume, a sedução, leveza, e traços marcantes de sua técnica, que atrai e fixa os olhares dos apreciadores, se fez presente neste. Um trabalho embalado no contexto do início histórico da cultura brasileira, a miscigenação, mistura qual deu origem e derivou diversos ritmos, danças, costumes e expressões.
A trilha sonora por sua vez foi assinada pelo cantor, compositor e violonista brasileiro João Bosco, que juntamente com o coreógrafo Rodrigo Pederneiras obtiveram um tremendo resultado de musicalidade completando de forma direta e significativa à proposta que a obra traz.No repertorio está a reunião de diversos ritmos afro-brasileiros, como maracatu, candomblé, frevo, xaxado. Com uso de instrumentos próprios a nossa cultura, vozes, expressões, como por exemplo, a expressão “Saravá”, que quer dizer “salve”, “viva,” entre outras, que demonstram a forte influencia africana no português brasileiro.
Obra de 1998 traz uma construção ascendente do período de escravidão, comercio negro, seus diversos momentos transitórios, e da culminação da mesma em solo brasileiro. A palavra benquelê que deriva de Benguela (cidade do sudoeste da Angola) que fundida ao fonema “lê”, significa nostalgia/saudade. O caldeamento das culturas de povos distintos foi realizado com os negros ainda na condição de escravo. Portanto o processo de formação cultural brasileiro é a partir desse deslocamento brutal das pessoas, agora submetidas a um novo modelo de vida. Os negros escravizados passaram por esse transtorno de nostalgia da sua terra, onde tinham