Sintese o caso schreber
CURSO DE PSICOLOGIA / 7º PERÍODO NOTURNO
PROFESSOR CHRISTIANO MENDES DE LIMA
ALUNA: Núbia Davi Mendonça
Síntese O Caso Schreber
Schreber atribuiu seus dois primeiros internamentos à “excessiva tensão mental”, decorrente do “fardo muito pesado de trabalho” (esta queixa associada ao segundo internamento) que carregava sobre os ombros.
Porém, antes de poder assumir a grande responsabilidade que vinha com o cargo de Presidente de uma Divisão da Corte de Apelação (Senatspräsident) da Saxônia (Dresden), já havia tido sonhos relevantes, como aquele que teve, segundo Freud, “durante o período de incubação de sua moléstia”, após a visita do Ministro da Saxônia (para informar-lhe da iminente nomeação) e antes da sua posse, no qual lhe ocorreu a ideia de que “seria bom ser mulher no ato da cópula”.
A existência desse sonho é determinante na análise de Freud sobre o caso. Após o primeiro internamento, Dr. Flechsig redigiu um relatório, no qual considerou que Schreber possuía quadro grave de hipocondria. Schreber relatou nas Memórias que, nesse momento, não houve qualquer contato com o sobrenatural. Porém, conforme indicado pelas pesquisas posteriores de Franz Baumeyer (1955), houve sim “manifestações delirantes não-sistematizadas e duas tentativas de suicídio”.
Pouco mais de 20 dias após sua posse como Juiz Presidente, teve de ser internado, primeiro na clínica de Flechsig, onde piorou rapidamente. Quando esteve em Leipzig, dirigia vários vitupérios ao Dr. Flechsig, acusando-lhe de “assassino da alma”. Acabou sendo transferido para Lindenhof, e, por fim, para Sonnenstein, onde ficou até obter alta, alguns anos após.
No início, seu quadro era parecido com o registrado na primeira crise (“hipocondria”), mas logo se agravou, tornando-se mais próximo da maneira como ficou por mais tempo (delírios engenhosos envolvendo religião e questões sexuais). Esse desenvolvimento do quadro clínico foi consolidado em relatórios do Dr. Weber