thomas hobbes
(The Freudian Notion of Construction)
Márcio Zanardini Vegas
Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Psicanalista em Curitiba e autor do livro “A Noção Freudiana de Construção”.
E-mail: marciozvegas@gmail.com
Fernando Aguiar
Doutor em Filosofia pela Université Catholique de Louvain (UCL, Bélgica).
Professor do Departamento de Psicologia e do PPG em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
E-mail: fabs@cfh.ufsc.br
Resumo:
Freud formalizou a noção de construção tardiamente, em 1937; portanto, já no final de sua vida e obra. Sempre relacionada à interpretação, à maneira (heurística) de tanto outros pares antitéticos, a construção se tornou na atualidade um procedimento técnico de pouco prestígio, em particular na clínica lacaniana, e sua menção praticamente desapareceu dos textos psicanalíticos. Este artigo propõe-se a examinar o estatuto da noção de construção, conforme a lógica própria e imanente à clínica e à metapsicologia freudianas. O trabalho de construir visa enlaçar o que há de compulsivo e irrepresentável, e não pode ser interpretado, é uma tentativa de atingir de maneira alusiva o núcleo do recalque, de tal forma que o construído passe a operar como verdade.
Palavras-chave: construção; direção do tratamento; fantasia.
Abstract:
Freud's notion of construction was lately formalized, in 1937; therefore, in the end of his life and work. Always related to interpretation, through the heuristic manner of so many other antiethical pairs, the construction became on present time a technical procedure of low prestige, in particular regarding the lacanian clinic, and its mention practically disappeared from the psychoanalytical texts. This article has the objective of examining the construction notion statute, according to the peculiar logic comprehended by the Freudian clinic and metapsychologies. The work of construction takes aim of entwining that