A fé que nasce conosco

A fé é um dom que o ser humano pode desenvolver. Se alguém não crer, não significa que a fé não exista; esta pessoa escolheu não crer.
O homem sempre precisou crer em alguma coisa ou em alguém. Crer é uma condição necessária para que se tenha esperança, objetivos, e planos.
A fé é como uma semente.
A semente não germina imediatamente, precisa de condições adequadas, luz ou sombra, água e cuidados. Quando ela inicia o processo de germinação, aparecem as primeiras tenras folhinhas, as raízes vão se aprofundando, e ela continua necessitando de cuidados, incentivos para continuar a sua vida nova. Enquanto era semente, ela levava a vida latente, mas estava inerte. Após ser enterrada, em contato com a terra fértil, e água boa e constante, explode em vida; e vai sempre necessitar de estímulos para continuar crescendo.
A fé que nasce conosco é assim. Se durante o nosso desenvolvimento, nossas experiências de crescimento, relacionamentos com nossos semelhantes, experiências trágicas, desagradáveis, traumáticas, agradáveis, boas e ruins, não houver um estímulo para acreditar, ter fé em algo ou alguém, de que isto faz parte de nossa trajetória, nossos "frutos" serão colhidos e usados, mas nós não teremos a consciência da beleza da existência.
Há uma outra etapa, para quem tem fé e também para os que não a tem.
A fé aperfeiçoa, qualifica, enobrece, sensibiliza, humaniza.
O homem tem se destruído por falta de fé. Ele não crê em nada. Nem em sí mesmo. Não crer que pode ser melhor, que seus semelhantes estão ao seu lado para que todos vivam em harmonia, sejam solidários.
Ter fé nos fortalece. Ter fé nos dá ânimo para perseverar. Ter fé nos encoraja a perdoar.
Experiências de fé muitas vezes não consideradas porque existe uma expressão que é comumente utilizada para estes eventos maravilhosos: Coincidência.
Para os que creêm em Deus ou numa Força, ou entidade, não existe coincidência; Existe providência.
A falta de fé proporciona um espaço vazio, dentro de nós,