Sintese Filme: As Duas Faces de um Crime
O filme “As Duas Faces de um Crime” possui características de um discurso lúdico, como a maioria das obras artísticas, mas como os modos organizativos do discurso são formas híbridas, ocorrendo sempre à prevalência de uma sobre a outra, essa produção é considerada um discurso polêmico, pois apresenta um maior grau de persuasão que pode ser observada na figura do advogado (protagonista do filme) nas suas várias tentativas de impor a sua tese ao Tribunal do Júri, e um menor grau de polissemia dando em destaque maior à paráfrase, facilmente visível nas diferentes formas de defesa utilizadas pelo advogado e na manutenção do argumento inicial, qual seja, a inocência do acusado.
O título do filme traz o termo “duas faces”, termo este que enseja a existência de verdades ocultas. Enquanto ocorre o questionamento se o assassinato do Arcebispo foi praticado pelo acusado (um jovem coroinha) vem à tona outros crimes, entre eles o crime de pedofilia, do qual o acusado foi vítima.
A personagem Martin Vail, advogado de defesa, é bastante arrogante. A sua performance durante o julgamento é o que mais importa. Estar na mídia é seu objetivo. Vail ao ser questionado em relação a sua opinião sobre verdade, ele deixa bem claro que a única verdade que interessa é aquela de sua criação, sendo possuidora de capacidade de persuadir os jurados. Levando em consideração que o persuador não utilize a verdade, temos nessa passagem da ficção a presença da verossimilhança, que é a busca de convencer o outro da veracidade de algo, utilizando uma lógica que consegue fazer similar e verdadeiro confundir-se.
O acusado Aaron Stampler, quer que Martin Vail, seu defensor, acredite na sua inocência e finge ser portador de um distúrbio mental, com dupla personalidade. Vail mesmo sabendo que Aaron é o criminoso, persiste na tese que este é inocente, busca nova estratégia de defesa, pois deseja