sintese do ultimo capitulo do livro politica e educação
Creio que podemos perceber a complexidade a que me refiro se pensarmos, por exemplo, nas prováveis respostas que seriam dadas à pergunta: Quais as tarefas de uma Universidade Católica?, se feita a um teólogo como Gustavo Gutierrez, como Thomas H. Groome, como Frei Beto, como
Leonardo Boff, de um lado e, de outro, a um teólogo conservador, tradicionalista, que dicotomiza, sem cerimônia, mundanidade de transcendentalidade; história de meta-história. A mesma pergunta feita a pessoas com diferentes, às vezes radicalmente diferentes, leituras de mundo, não pode ter a mesma resposta.
É inviável atravessar sem ser “atravessado” pelo tempo-espaço que se atravessa os leva a jamais abandonar o reconhecimento da importância da mundanidade. Afinal, a adoção da posição cristã não se dá na transcendentalidade mas na mundanidade; não se faz na meta-história, mas na história, não se processa lá, mas aqui. Sua compreensão dos seres humanos como seres históricos, finitos, inconclusos, mas conscientes de sua inconclusão, os faz reconhecer homens e mulheres como seres inseridos em permanente busca e como seres que se fazem e refazem socialmente na busca que fazem.
O mundo, em última análise, é a simples travessia em que o fundamental é a luta, sem embates, a não ser os que se dão na intimidade da consciência moral de cada um ou de cada uma, em favor da vitória do bem sobre o mal.
Não se faz pesquisa, não se faz docência como não se faz extensão como se fossem práticas neutras. Preciso saber a favor de que e de quem, portanto contra que e contra quem, pesquiso, ensino ou me envolvo em atividade mais além dos muros da Universidade.
Na perspectiva que venho chamando pós-modernamente progressista porque há também uma pós-modernidade ironicamente tradicionalista. É interessante observar como a realização dessas tarefas implica o exercício de certas virtudes ou qualidades que, se critica e autenticamente