Sintese do livro planejamento participativo na escola
Partindo da realidade de uma escola de primeiro grau, do estado de são Paulo, bastante negativa por sinal, na qual se propôs uma nova atividade: desenvolver o trabalho pedagógico a partir de um planejamento participativo, comunitário, político, envolvendo atividade conjunta da escola, família e comunidade. Planejamento participativo constitui-se uma estratégia de trabalho, que se caracteriza pela integração de todos os setores da atividade humana social, num processo global, para a solução de problemas comuns. O planejamento participativo, partindo de uma filosofia humanística, propõe que o homem, juntamente com seus iguais, discuta seus problemas comuns e construa, a partir de um processo de trocas e buscas comuns, o futuro da comunidade na qual está inserido. Como toda atividade humana renovadora, o Planejamento Participativo traz consigo vantagens e também riscos, um dos quais diz respeito ao papel da assessoria especializada, manipulação política da comunidade em função de outros interesses, pseudoparticipação da comunidade nos programas de ação governamental. Embora seja um trabalho desafiante, o Planejamento participativo encontra, em sua efetivação, uma série de dificuldades como as atividades não podem ser preestabelecidas ou determinadas, o desafiante engajamento político e comprometedor, desconfiança natural da comunidade, a compreensão de que a liderança múltipla é muito comum em situações participativas, a pseudoneutralidade do planejador e seus agentes técnicos, a supervalorização da técnica, a inexperiência do povo brasileiro no exercício da ação democrática, a inércia do brasileiro e o medo inerente a qualquer tipo de grande mudança. As dificuldades e os riscos decorrem da estrutura e do modo de agir das pessoas que efetivam o processo, cujo ponto básico é a participação efetiva direta e consciente da comunidade nas decisões que afetarão a sua vida, história, cultura e política. Uma das vantagens