Sintese da Arquitetura do islã
Com a definição em Árabe de “rendição” ou “submissão”, o Islã é o conjunto dos povos de civilização islâmica que seguem a religião monoteísta chamada islamismo, a qual é baseada nos ensinamentos do profeta Maomé (Muhammad) e na escrita sagrada do Alcorão. Logo, a própria tradução do termo nos remete a um traço marcante de sua arquitetura: a religião e a fé; embora também expresse, através de seus espaços e componentes, as crenças e costumes relacionados ao campo social, político e econômico.
A arquitetura islâmica tem como principais tipologias: os Palácios, as Mesquitas, os Fortes e os Túmulos. A característica predominante nas plantas de seus edifícios é a ausência de uma simetria uniforme (cada porção da estrutura estabelece sua própria ordem). A planta não possui um centro regulador, apresentando-se como um conjunto de retalhos, onde cada espaço possui sua própria natureza geométrica.
De maneira geral, foi uma arquitetura verdadeiramente bela, guardada por muros fortificados, com água abundante, jardins luxuriantes (vegetação), traços que denotavam leveza e com muita subjetividade (mostrada através da incidência da luz).
Os volumes e as fachadas revelam pouco sobre a função do edifício e os espaços exteriores não traduzem, portanto, a natureza do interior da construção, geralmente rica e repleta de ornamentos (pinturas, azulejos, mosaicos e formas geométricas feitas em materiais diversos).
Por razões espirituais e práticas (ligadas ao conforto térmico), a luz é um de seus principais componentes e simboliza a presença de Deus no interior do ambiente, e seu jogo de luz e sombras aumentam a sensação de multiplicidade do espaço e de subjetividade. A água e a vegetação são utilizadas também do ponto de vista prático e místico, pois a água e o verde remetem à promessa do Paraíso, a ser encontrado, para os muçulmanos, na além-vida.
Do ponto de vista térmico, a arquitetura islâmica floresceu principalmente em regiões de clima desértico. Por isso