Expansão Muçulmana
Podemos contextualizar que a religião islâmica assumiu grande importância não só no norte de África, mas em todo o continente africano. O encontro do Islão com o animismo africano resultou numa solução religiosa, que foi facilmente assimilada por parte da população, transformando-se numa forma alternativa de organização social. Apesar grande parte dos muçulmanos viverem na África subsaariana, os conflitos vividos na região não se devem a causas religiosas, mas concentram-se na luta pelo controle de riquezas, na fraqueza dos Estados e na falta de meios financeiros para que estes desempenhem funções sociais.
A introdução do islamismo na África tem sido um longo e complexo processo, que em 640 d.c. registou-se a conquista do Norte de África, desde o Egito até Marrocos. Ao contrário do resto do continente, no Norte de África desenrolaram-se dois processos distintos: islamização e arabização. Por islamização refere-se ao processo pelo qual os povos do Norte de África se converteram à religião islâmica e se tornaram muçulmanos. Por arabização refere-se o processo de aculturação através do qual estes povos absorveram numerosos aspectos da cultura árabe, como a língua .
Ao mesmo tempo que decorria a conquista do Norte de África, o Islã atingiu a África Oriental, não através da conquista armada mas através do comércio no mar Vermelho e no oceano Índico.
A ideia de que mais de um terço da população africana partilha a fé islâmica não nos passa imediatamente pela cabeça quando se pensa em África.
O Islão é uma religião fortemente implantada há séculos no continente e como tal tem desempenhado um papel preponderante na evolução de muitas nações africanas. Continua hoje a ser uma religião em expansão, apresentando-se como um sistema alternativo de organização social, política e económica para as comunidades islamizadas.
O islã desenvolveu um seu perfil original e “personalizado” inserido em