Sindrome de Burnout
O termo Burnout foi inicialmente utilizado em 1953 em uma publicação de estudo de caso de Schwartz e Will, conhecido como ‘Miss Jones’. Neste, é descrita a problemática de uma enfermeira psiquiátrica desiludida com o seu trabalho. Em 1960, outra publicação foi realizada por Graham Greene, denominada de ‘A burn Out Case’, sendo relatado o caso de um arquiteto que abandou sua profissão devido a sentimentos de desilusão com a profissão. Os sintomas e sentimentos descritos pelos dois profissionais são os que se conhece hoje como Burnout.(CARLOTTO e CÂMARA, 2008)
No entanto, foi somente em meados dos anos 70 que Burnout chamou a atenção do público e da comunidade acadêmica. Foi Freudenberger, um psicanalista, quem utilizou este termo de origem anglo-saxônica, em 1974, para descrever o burnout como um “incêndio interno” resultante da tensão produzida pela vida moderna, afetando negativamente a relação subjetiva com o trabalho.(MENDES, 2002; CARLOTTO e CÂMARA, 2008)
Freudenberger(1974) utilizando-se de uma perspectiva clínica, reconhece que burnout trata-se de um estado de exaustão, fruto de trabalho excessivo que acarreta inclusive a alienação de necessidades do próprio trabalhador. Associa as causas às características individuais do trabalhador, dando pouca ênfase aos aspectos sociais. Já Christina Maslach e Susan Jackson (1977) abandonando a perspectiva centralizada somente nas características do trabalhador como fatores determinantes de burnout, somam a essas, as variáveis sociais e ambientais, como elementos igualmente atuantes no desenvolvimento do fenômeno. (MENDES, 2002; BENEVIDES-PEREIRA, 2002)
Assim, definem burnout como um fenômeno multidimensional que inclui as seguintes dimensões:
a) Exaustão emocional (EE)– a necessidade de disponibilidade afetiva para a vinculação e o conseqüente desenvolvimento do trabalho e a impossibilidade de concretizá-las, levam a um desgaste e um sentimento de exaustão emocional. O indivíduo