Sindrome da rubéola congenita
1.1 Relato do caso clínico
Apresentamos o caso clínico da paciente J.G.S., do sexo feminino, solteira, 44 anos de idade, cuja história foi colhida com o auxílio da mãe. A paciente é portadora de complicações da Síndrome da Rubéola Congênita, apresentando hipotrofia das extremidades dos membros, comportamento agressivo, subdesenvolvimento psíquico, alalia, e ausência de controle esfincteriano, recusando alimentação com frequência. A paciente é acompanhada pelo Dr. Felipe Santos Magalhães, fazendo uso dos seguintes fármacos: Gardenal, Amato, Haldol, Diazepam e Fernegam. Todos esses fármacos são anticonvulsivantes, sedativos e podem ser justificadas pela presença de focos de calcificação no parênquima cerebral, que provoca convulsões.
1.2 Justificativa
O caso clínico escolhido proporciona rica oportunidade de revisão de conhecimento médico abrangendo as disciplinas do 3° Módulo do curso de Medicina da UNIG-Campus V de modo a maximizar a evidência da importância do conhecimento médico referente a este módulo do curso.
2 INVESTIGANDO O CASO
2.1 Revisão da Literatura
A síndrome da Rubéola Congênita (SRC) geralmente é grave e pode acometer 40 a 60% dos Recém-Nascidos (RN) cujas mães foram infectadas durante os dois primeiros meses de gestação; 30 a 35% dos RN, no 3º mês de gestação, 10% dos RN quando a infecção na gestação se dá durante o 4º mês, sendo mais raro o acometimento após a 20ª semana. Os principais sinais e sintomas da infecção intrauterina são devidos aos efeitos antimitóticos e à lesão endovascular decorrente da virose, provocando abortos espontâneos, malformações congênitas de grandes órgãos e sistemas como: Oculares (Glaucoma/Catarata), Cardíacas (Cardiopatias Congênitas), Deficiência Auditiva e Alterações Neurológicas (Retardo Mental), Púrpura, Esplenomegalia e Osteopatia Radiolúcida. As ocorrências são variáveis, podendo se manifestar em casos leves e formas graves, sendo que em alguns casos