Rubeola
RUBÉOLA
INTRODUÇÃO
A rubéola é uma doença infecciosa viral aguda, acometendo crianças, adolescentes e adultos jovens. A importância da rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) atingindo o feto de mães infectadas durante a gestação e podendo acarretar inúmeras complicações. No Estado de São Paulo, o Programa de Controle da Rubéola e da SRC foi implantado em 1992 com o objetivo de diminuir os casos de Síndrome da Rubéola Congênita. A campanha de vacinação foi indiscriminada para toda a população de 1 a 10 anos com a vacina tríplice viral, atingindo-se uma cobertura vacinal de 95,7%1. Durante o período de 1992 a 2000, no Estado de São Paulo, à semelhança do que ocorreu com o sarampo, verificou-se o deslocamento da faixa etária para a população de adultos jovens. A maior proporção dos 2.556 casos confirmados no ano de 2000, com maior risco de adoecimento encontra-se na faixa etária de 20-29 anos (58,6%). Entre as gestantes foram confirmados 133 casos com sorologia positiva para rubéola, sendo que 17% na faixa etária de 15 a 19 anos e 72% entre 20 a 29 anos. A cobertura vacinal contra rubéola no Estado é alta, porém não homogênea. Aproximadamente 30% a 40% dos municípios, Nos últimos dois anos, não atingiram a meta de vacinar 95% das crianças com um ano de idade com a vacina tríplice viral. Este fato, juntamente com a falha vacinal que compreende cerca de 5%, contribuiu para o acúmulo de pessoas suscetíveis4. Até o final da década de 1980 era desconhecida a verdadeira magnitude da rubéola na maior parte dos países da América Latina, incluindo o Brasil. Nos últimos anos, estudos de soroprevalência vem sendo realizados em alguns grupos populacionais, cujos resultados vêm norteando a definição e a implementação de estratégias de vacinação.