Rubéola
Aspectos clínicos e epidemiológicos
O vírus da rubéola (VR) adquiriu grande interesse ao serem descritos seus efeitos teratogênicos da gravidez. A Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) abrange várias manifestações clínicas, como a catarata e outras anormalidades oculares, doenças casdíacas e surdez neurossensorial.
As manifestações clínicas da rubéola são geralmente discretas, inespecíficas, e não notificadas por dispensarem cuidados médicos especiais. A transmissão da rubéola pode ocorrer durante o ano todo, mas predomina no inverno e na primavera, sendo as crianças entre 5 e 9 anos de idade as mais atingidas, nos países sem programa de prevenção.
O contágio
O ser humano é, provavelmente, o único hospedeiro do VR, sendo sua porta de entrada a via aérea superior. Existe, então, disseminação aos órgãos linfáticos regionais, através da viremia transitória ou pelo sistema linfático. Após 7 a 9 dias, o vírus é liberado na circulação, atingindo múltiplos tecido, inclusive a placenta, em gestantes. A excreção viral inicia-se entre o 9º e o 11º dias da infecção, principalmente pelo trato respiratório e rins, mas também pelo cérvix e trato gastrointestinal.
Existe contágio durante o período prodrômico, até cerca de 7 dias após o aparecimento do exantema. Entretanto, crianças congenitamente infectadas por VR podem excretar o vírus nas excreções respiratórias e na urina por meses ou anos, sendo, então contagiosas durante longo período.
Detecção do vírus da rubéola
Laboratorialmente, o VR, do gênero Rubivirus, pode ser detectado nas secreções respiratórias e na urina, sobretudo na nasofaringe, sendo isolado com mais freqüência entre 7 dias antes e 14 dias depois do início da doença. O pico da viremia ocorre do 10º ao 17º dias da infecção, imediatamente antes do exantema. O vírus desaparece do soro poucos dias depois, quando os anticorpos se tornam detectáveis, podendo, porém, persistir dentro dos