Simulacro e poder - Livro
297 palavras
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Através da análise feita por essa obra deMarilena Chauí, pudemos perceber que os discursos da mídia são transcorridos por interesses sociais, econômicos, políticos, entre outros e que os patrocinadores não medem esforços para atingirem seusobjetivos, pois, o que conta realmente é a venda de uma determinada ideia ou produto, e não o que é necessário para o telespectador, e isso ocorre com a utilização de formas sedutoras para atingir umadeterminada classe social. É a partir desse conceito que vemos que a mídia é indústria cultural, é produto para ser vendido, logo, perde-se a ideia de cultura como um direito de todos na medida em queuma obra de arte, por exemplo, torna-se privilégio apenas de alguns. A autora discorre sobre a Filosofia, onde diz que existem bens culturais mais caros que são dirigidos a uma elite, enquanto queaos ''incultos'' se restringem os mais baratos, que é através desse pensamento que Marilena Chaui afirma que a indústria cultural vende cultura e para vendê-la deve agradar ao consumidor, para tanto,não pode causar estranheza e nem questionamentos, pois, isso levaria o indivíduo a pensar e, consequentemente, dessintonizá-lo do senso comum, ou seja, a mídia quer formar uma sociedade massificada,sem vontade própria. O pensar é doloroso porque implica em reflexão e atitude, por isso a cultura vista sob o conceito de entretenimento gera maior alienação e aplaca o questionamento artístico eintelectual. Um caso que foi citado pela autora, foi o reality show pelo nome Big Brother, que nada mais é que um espetáculo da vida humana vigiada por várias câmeras, observando o comportamentoindividual e em grupo, tal programa que faz referência ao livro de George Orwell 1984, nesse tipo de programação, a produção é feita para dispersão da atenção e pelo fato de oferecer entretenimento