Simpósio de Direito Internacional

Como um fenômeno que se faz presente de forma vívida no mundo inteiro, a globalização decorre de um processo de encurtamento do interregno imprescindível para a disseminação da informação, com a promoção da massificação cultural e da interligação entre as mais diversas nações por meio de canais cada vez mais abertos. Nada obstante, cumpre ressaltar que a globalização possui diversos aspectos negativos, porquanto facilite a fragilização da soberania dos Estados (tendo em vista à crescente influência de uns Estados nos outros).
Em virtude da facilitação dos contatos entre os países diversos países, pode-se afirmar que houve um estreitamento das fronteiras, o que desembocou na formação de uma espécie de “Aldeia Global”. O conceito parte do pressuposto de que o mundo, por maior que seja, não passa de uma aldeia em face dos avanços tecnológicos, do incremento e barateamento do transito de mercadorias e pessoas, da modernização e multiplicação dos transportes, da agilidade na comunicação. Destarte, vê-se um claro aquecimento dos movimentos migratórios, promovendo choques culturais entre diferentes tipos de culturas.
Contudo, nem sempre um elemento cultural está preparado para dar guarida ao novo. Nesse sentido, cumpre ressaltar os efeitos deste processo sobre o direitos dos imigrantes – sejam estes vitima de tráficos, refugiados, etc. Mencionadas figuras em situação claramente hipossuficientes não são recepcionada, em regra, como as vítimas que são, mas sim como ameaça, o que se demonstra por meio de políticas públicas evidentemente xenofóbicas. Verificado este quadro torna-se comum a efetivação do processo de estratificação social, a partir do qual erige-se um tipo de elite da mobilidade
Em virtude disto, a globalização e seus efeitos sob a migração tem sido pauta da discussão entre os estados no âmbito de discussão internacional, porquanto muitos deles demonstrem crescente preocupação com questões internas, com soberania e e com até mesmo outras questões