Simmel: a cidade e o estrangeiro

1815 palavras 8 páginas
RESENHA CRÍTICA

Simmel: a cidade, o estrangeiro e suas contribuições para as relações internacionais

Entender três dimensões distintas – o indivíduo, a cidade e as relações internacionais – é uma pretensão arriscada, que talvez não caiba numa resenha, sobretudo quando a proposta é compreendê-las como elementos que coexistem. Antes de explanar as considerações a respeito desta perspectiva, é necessário, porém, refletir e levantar as principais contribuições de Georg Simmel, aqui apresentado por dois principais textos: “O estrangeiro” e “As grandes cidades e a vida do espírito”, trabalhados no primeiro módulo do curso de Sociologia III.
George Simmel, sociólogo alemão, foi um grande teórico do seu tempo, fazendo com que suas observações sobre o mundo moderno, que emergia a plenos vapores e tensões, refletissem novas concepções e críticas da sociedade. Paralelamente à Escola Americana, que vinha desenvolvendo trabalhos sob o esforço de criar uma corrente intelectual para pensar as questões sociais na conjuntura norte-americana, Simmel definiu conceitos e estabeleceu objetos, provocados em sua totalidade pelas transformações nos “conteúdos individuais e supra-individuais da vida”.
Como destaca Donald N. Levine1, o período em que apareceram as obras de Simmel foi um momento de grande agitação cultural. As mudanças nas relações sociais, as migrações, as máquinas, os veículos, o capitalismo, o valor do dinheiro, tudo deu ao sociólogo – defensor, inclusive, da profissionalização dessa área (“Sobre a individualidade e as formas sociais”, Introdução, SIMMEL, 2002) –, conteúdo e inquietudes. Membro de uma família judia, o que se repercute em suas preocupações com o objeto sujeito-estrangeiro, o sociólogo se dirige a um universo particular, produto em potencial do início do século XX: as cidades.
A cidade é a força ou organismo que impulsiona Simmel a investigar as peculiaridades da sociedade moderna que se constituía naquele contexto. Seus pilares, para ele, eram

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