Simbolos filosofia
O mais antigo símbolo da filosofia é a chamada ave de
Atena. Atena, deusa da sabedoria e da fecundidade, aparecia associada na mitologia grega, a essa ave noctívaga que é a coruja, cuja nota distintiva é a de se levantar ao anoitecer e andar vigilante e activa pela calada da noite. Auxiliada apenas pela luz da lua, dotada de uma excepcional acuidade visual, vê o que o comum dos outros animais só consegue alcançar com a luz do sol. É essa invulgar capacidade de ver e de orientar no mundo das trevas que faz dela um símbolo da filosofia e do conhecimento racional: a coruja, tal como a filosofia, simboliza a reflexão que domina as trevas ou a capacidade de obter conhecimentos para lá das sombras.
* A estátua “O
Pensador”
Um outro símbolo da atitude filosófica é a estátua do escultor francês Rodin, denominada
“Pensador”. Nu e solitário, de olhos fechados, sentado com o queixo apoiado no punho direito e o braço esquerdo descaído sobre o colo, o pensador é tomado como símbolo da atitude reflexiva que particulariza a filosofia. Trata-se de um símbolo rico mas controverso.
O que a atitude de homem pensativo tem de positivo é a capacidade de se recolher sobre si mesmo para submeter ao seu próprio juízo a crítica da realidade que o envolve. O que tem de negativo e contrário ao espírito da filosofia é, precisamente, a dimensão solitária dos seus pensamentos a que ninguém pode ter acesso, incomunicáveis, portanto, e, por isso, inúteis para a comunidade.
* O quadro de Platão e
Aristóteles
O grande símbolo da filosofia, reproduzido com grande frequência nas obras filosóficas, é o quadro do pintor italiano
Rafael, cujas figuras centrais são
Platão e Aristóteles.
Platão, apontando para o alto, recorda, como a filosofia, que a natureza humana não se esgota na realidade terrena em que assentamos os pés. Recorda, tal como a filosofia, que é próprio do ser humano elevar-se acima das terrestres