Silvicultura urbana
Desde que surgiram as primeiras árvores, há milhões de anos, que estes seres vivos têm vindo a evoluir e adaptarem-se sucessivamente ao meio ambiente. Na floresta, a árvore desenvolve-se naturalmente, isto é, vive em equilíbrio com as outras plantas, animais e microorganismos.
Contudo, quando o Homem insere a árvore na cidade, impondo-lhe um ambiente normalmente pouco propício ao seu desenvolvimento, surge a necessidade de analisar o arvoredo urbano atendendo, não só, à sua função económica mas também à sua função psicológica e social.
Surge assim um novo ramo das ciências florestais, a Silvicultura Urbana.
A Silvicultura Urbana é o ramo das ciências florestais que se dedica ao estudo dos espécimes florestais em ambiente urbano, isto é, gestão e conservação das árvores de arruamento, de jardins, de solos abandonados, de parques urbanos e matas na área urbana, seu perímetro e respectiva zona de influência. A árvore na óptica da Silvicultura Urbana é encarada como elemento estrutural, ornamental, pedagógico e de minoração da poluição. Com efeito, a existência de árvores na cidade quebra a agressividade da "paisagem de betão" (amenizando o espaço), suaviza a temperatura (devido à intercepção da radiação solar e evapotranspiração), diminui a velocidade do vento, reduz substancialmente o ruído, diminui a possibilidade de ocorrência de cheias, e, ao interceptar e reflectir parte da radiação solar, diminui o brilho e reflexão da luz pelas superfícies dos pavimentos e edifícios.
Através da produção de oxigénio e consumo de dióxido de carbono, no processo de fotossíntese, bem como pela intercepção das poeiras em suspensão pelas folhas (para esta finalidade devem-se preferir espécies caducífolias), as árvores contribuem significativamente para a diminuição da poluição atmosférica.
No entanto, são numerosos e variados os factores que afectam e diminuem o vigor vegetativo das árvores urbanas. Entre eles podem-se salientar os pavimentos; solos