Arborização Urbana
Floresta e Ambiente
ARBORIZAÇÃO E FLORESTAS URBANAS -TERMINOLOGIA ADOTADA PARA A
COBERTURA ARBÓREA DAS CIDADES BRASILEIRAS
Luís Mauro S. Magalhães
Departamento de Ciências Ambientais, Instituto de Florestas,
UFRRJ. BR 465, Km 07, Seropédica, RJ CEP. 23890-000
APRESENTAÇÃO
A terminologia utilizada no Brasil para os componentes arbóreos urbanos ainda se mostra dúbia e alguns termos não conseguem alcançar plenamente as atividades, funções e estruturas a que eles visam designar. O planejamento e o manejo destes elementos envolvem várias áreas do conhecimento profissional de diferentes campos, bem como uma variedade significativa de termos e definições para estas atividades. A delimitação destes conceitos não se constitui apenas em matéria de interesse acadêmico, mas também se reflete na organização dos órgãos de execução, no controle, nas relações entre profissionais envolvidos bem como nas relações entre eles e a comunidade. Assim,
INTRODUÇÃO
Dois conceitos têm sido usados no Brasil para designar o conjunto da vegetação arbórea, presente nas cidades: Arborização
Urbana e Floresta Urbana. Ambos tiveram o seu conteúdo redefinido recentemente, tendo como base provável os termos estabelecidos por canadenses e norte americanos a partir da década de sessenta. O histórico do conceito de “Urban Forest” (Floresta Urbana), está ligado à expansão das cidades e a demanda crescente de métodos e técnicas que pudessem ser aplicados ao conjunto arbóreo destes espaços. Grey & Deneke (1986) explicam que esta definição surgiu inicialmente no Canadá, citada por Erik Jorgensen (1970), o qual já descrevia Floresta Urbana como o conjunto de todas as árvores da cidade, presentes nas ruas, bacias hidrográficas, áreas de recreação, suas interfaces e espaços de influências.
A maneira mais fácil de se entender este conceito de “Urban Forest”, seria através de um sobrevôo imaginário sobre a cidade ou se
p.23-26, Jan/2006
um conjunto