Comércio ilícito de drogas e geografia da integração financeira
Gabriel Silveira O texto trata inicialmente do aspecto do fluxo transnacional complexo das matérias primas das drogas e paralelamente, do processo da lavagem de dinheiro do tráfico. O processo, também conhecido como branqueamento do dinheiro, serve para mascarar a origem ilegal do dinheiro, ou para “legalizá-lo”. O tamanho desse tipo de economia é difícil de ser estimado, devido à furtividade do dinheiro dentro do sistema financeiro (o que é tratado depois, quando a autora comenta sobre o fluxo de capitais com o capital especulativo transitando através de firmas entre mercados de capital de diferentes estados). Esses narco-dólares são o alvo principal das ações nacionais e internacionais de controle da lavagem de dinheiro, havendo um esforço para diferenciá-los. São eles: Dinheiro sujo (dirty money ), que procura escapar de controle fiscal para fora dos estados nacionais a fim de evitar taxas e legislações que venham a prejudicar seu dono. Esse processo de evasão fiscal pode ser denominado também como “fuga de capitais”. Outro processo, mais rápido, é o movimento de capital especulativo, passando por bolsas como dinheiro para aquecê-las, daí a denominação de hot money, pela intensidade e velocidade desse processo, que tem o mesmo objetivo, esconder a origem do mesmo. Se esse dinheiro provém de atividade criminosa, pode-se classificá-lo também como Black Money.
Essas denominações partem da noção de que seria possível rastrear o dinheiro a partir de seu local de origem, e da solidez da introdução do dinheiro no sistema financeiro. Antes de haver essa fluidez tão fácil dos capitais entre mercados em um aspecto transnacional, o dinheiro vivo, colocado em bancos e servindo de crédito para quem precisasse, era muito mais fácil saber aonde este estava e de onde veio. Ao longo do tempo, as legislações quanto à entrada do dinheiro no sistema se tornaram mais constritivas. Ainda