Signo e Espelho: A imagem reflectida pelo espelho pode ser ou não um signo?

Índice:

INTRODUÇÃO
O signo tem origem no referente; esta resposta resolve assim dois problemas, isto é. O da natureza e da origem: a relação signo/referente é estabelecida em termos de causa e efeito. O tema da modificação do signo ergue-se a cada momento ainda que de nova maneira, como um termo submetido a novas variações.
Esta é a motivação para o qual as teorias teológicas apontam a linguagem, ensinada ou dada ao homem como um signo natural. Em todo seu percurso estabelece-se um jogo conceptual que se exprime através de meta signos voz, significado, dicção, vocábulo, palavra. Diríamos que, se a dicção, vocábulo, palavra, apontam para o conceito signo linguístico, entidade biface, o metafísico voz opondo-se ao significado, corresponde à evidência do conceito de significante.
Enquanto Saussure vê o signo como a combinação de um conceito com uma imagem acústica\sonora, regida pela arbitrariedade; Pierce salienta uma relação triádica entre o signo -interpretante – e objecto, regida por convenção; por sua vez Eco entende o signo como tudo quanto possa ser assumido como um substituto significante de outra coisa qualquer e que pode ser usado para mentir. É com Eco que pretendemos responder a seguinte questão: A imagem reflectida pelo espelho pode ser ou não um signo?
Eis pois os pressupostos ontológicos e epistemológicos sobre os quais se edifica uma ciência e uma filosofia da linguagem (semiótica ou semiológica). O trabalho a ser feito visa mostrar as perspectivas de vários autores a respeito do signo, começando por uma breve explanação sobre a comunicação, linguagem e signo.
Quanto à metodologia usada no presente trabalho, recorreu-se primeiro à consulta bibliográfica, de forma a identificar as obras a usar no mesmo e posteriormente fez-se a revisão da literatura e a compilação dos dados obtidos.

1. Comunicação, Linguagem e Signo: breve conceitualização
Para abordarmos o conceito Signo, tomemos como ponto de partida a