SIG e Favelas
O Caso de uma Cidade Média
Marcos Esdras Leite
Professor da Universidade Estadual de Montes Claros
Doutorando em geografia IG/UFU. Bolsista da FAPEMIG. marcosesdras@ig.com.br. Jorge Luiz Silva Brito
Professor Doutor do Instituto de Geografia
Universidade Federal de Uberlândia - UFU jbrito@ufu.br Manoel Reinaldo Leite
Bolsista de Iniciação Cientifica da Unimontes manoelreinaldo@ig.com.br. Resumo
A dinâmica de crescimento das cidades médias provocou um modelo desigual de ocupação do solo urbano, no qual surgiram formas ilegais de moradias, como as favelas, as quais, tempos atrás, eram associadas apenas as cidades grandes. De acordo com os dados dos dois últimos censos demográficos realizados pelo IBGE (1991 e 2000), o número de favelas em cidades médias vem aumentando e no caso específico de Montes Claros/MG, área de estudo desta pesquisa, essa proliferação de favelas preocupa a sociedade e o poder público municipal. Este trabalho analisou as diferenças socioeconômicas entre as favelas daquela cidade, através do uso do Sistema de Informação Geográfica – SIG. Para alcançar os resultados propostos foi necessário realizar pesquisa bibliográfica sobre o tema em discussão, coletar dados socioeconômicos de todas as favelas da cidade pesquisada, criar a base cartográfica e de dados no software Arc View GIS 3.2 e, em seguida, foram gerados mapas temáticos, que deram suporte à redação deste texto. Diante dos resultados encontrados com a aplicação do
SIG, pode-se afirmar que a cronologia de formação e a localização influenciam, fortemente, na estrutura física e social das favelas. Além disso, percebe-se que em Montes Claros o número de favelas tem se tornado preocupante, pois há uma tendência de surgimento de novas ocupações irregulares. Esse trabalho mostra ainda que há uma grande diferença socioeconômica entre as favelas da cidade em análise. Também foi possível constatar a eficácia do SIG nos