OSWALDO CRUZ E A REVOLTA DA VACINA
A cidade do Rio de Janeiro, no inicio do século XX, era a capital do Brasil. Com o crescimento urbano desordenado, sem planejamento, predominava as favelas e cortiços, sem saneamento e coleta de lixo, ou quando existentes precários. Condições favoráveis para a proliferação de dezenas de doenças, como a Febre Amarela, Tifo, Peste Bubônica, Varíola, entre outras, o que provocava uma imagem ruim da cidade no exterior. Diante desta situação, o presidente Rodrigues Alves decide reformar a cidade, através de projetos de saneamentos básicos e urbanização. Designa Oswaldo cruz, para chefiar o Departamento Nacional de Saúde Pública, em conjunto com o prefeito Pereira Passos.
Em 31 de outubro de 1904, Oswaldo Cruz encaminha para o Congresso Nacional, a proposta da Lei da Vacina Obrigatória, gerando insatisfação de alguns setores da sociedade civil, visto que a população receava que a vacina fosse uma maneira de exterminar os mais pobres, por que a mudança do sistema de saúde estava interligada a modernização da cidade. A estratégia usada foi à demolição das favelas, cortiços e casebres da região central da cidade para abrir espaços para grandes avenidas e ruas mais largas, forçando os moradores a irem para as periferias, formando o que hoje são as favelas nos morros do Rio de Janeiro.
Foi criada a Brigada “Mata-Mosquistos”, que eram um grupo de sanitaristas e policiais que invadiam as casas, matando insetos, roedores etc e vacinando contra a epidemia da febre amarela e varíola, obrigando as pessoas a tomarem a vacina mesmo contra a vontade delas. Essas medidas causaram revoltas na população, ocasionando ataques à cidade, destruindo transportes públicos (bondes), prédios, trens, lojas, bases policiais, que reivindicavam a suspensão da vacinação obrigatória, porém demonstravam também a insatisfação com o projeto de transformação do centro do Rio de Janeiro. A revolta também dos cadetes da Escola Militar da Praia Vermelha com a lei da