Sifilis
Profª Elina Fernandes CONCEITO
A sífilis congênita é uma infecção causada pela disseminação hematogênica do Treponema pallidum, da gestante infectada para o seu concepto. Sabe-se que: ✓ a transmissão materna pode ocorrer em qualquer fase gestacional; a taxa de transmissão vertical da sífilis, em mulheres não tratadas, é de 70 a 100%, durante os primeiros 4 anos de evolução da doença; ocorre morte perinatal em 40% das crianças infectadas.
Quando a mulher adquire sífilis durante a gravidez, poderá ocorrer abortamento espontâneo, morte fetal, prematuridade, feto hidrópico( infiltrado de líquido ), recém-nascidos sintomáticos (manifestação clássica), recém-nascidos assintomáticos (apenas sorologia positiva). As alterações patológicas observadas na mulher grávida são as mesmas que ocorrem naquela não grávida. A sífilis congênita apresenta, da mesma forma que a sífilis adquirida, dois estágios: precoce quando as manifestações clínicas são diagnosticadas até o segundo ano de vida, e tardia, após esse período.
QUADRO CLÍNICO
Sífilis congênita precoce
Sinais e sintomas surgem até os 2 anos de vida. Os principais são: baixo peso, rinite purulenta/coriza, obstrução nasal, prematuridade, osteocondrite, periostite ou osteíte, choro ao manuseio, pênfigo palmo-plantar, fissura peribucal, hepatomegalia e esplenomegalia, alterações respiratórias/pneumonia, icterícia, anemia severa, hidropisia, edema, pseudoparalisia dos membros, condiloma plano. Lesões cutâneas precoces, quando presentes nas nádegas, podem ser responsáveis por um quadro
semelhante ao de "dermatite de fraldas", da qual se diferencia também por não responder a medidas locais, habitualmente eficazes.
Sífilis congênita tardia
Os sinais e sintomas surgem a partir dos 2 anos de vida: tíbia em lâmina de sabre, fronte olímpica, nariz em sela, dentes incisivos medianos superiores deformados (dentes de Hutchinson), mandíbula curta, arco palatino elevado, ceratite intersticial,