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SHOPPING CENTER: O FENÔMENO E SUA ESSENCIA CAPITALISTA
O prodígio dos Shoppings Centers não pode ser abrangido fora das mudanças gerais que afetam o conjunto da cultura social, pois as transformações no comércio estão estreitamente articuladas com as mudanças do modo de produção em um determinado período.
O texto estudado no proporciona fornece uma explicação do fenômeno dos Shoppings Centers em sua relação com o conjunto de variações do capitalismo que dá origem a este acontecimento. No capitalismo, o resultado da produção do espaço organizam-se sob as aparências e a estrutura da forma-produto, e o aparecimento e propagação dos Shoppings Centers é de acordo com o autor uma das formas de “objetivação de ambiente construído destinado à comercialização e ao consumo de mercadorias”.
No século XIX ocorre não só uma continua mudança nas regras organizacionais, metodológicas e de produção, como também o agrupamento e novos métodos de troca. O autor para organizar a explanação destas mudanças faz referência a alguns trabalhos de Giovanni ARRIGHI; segundo ele, para ARRIGHI, os EUA entre o fim do século XIX e o início do século XX passam a ser os protagonistas em uma ciclo organizacional que originará um grande número de grupos verticalizados integrados e administrados de forma burocrática, que viriam tirar proveitos através do planejamento e da integração de atividades de diversos ramos contendo a economia a uma ação administrativa de longo prazo.
Essas mudanças lançaram os alicerces para uma alteração das formas de distribuição e troca no espaço-tempo do capitalismo norte-americano e desembocaram em novas formas tanto da composição física quanto administrativa da atividade comercial e de serviços.
Nos EUA o aparecimento e propagação dos Shoppings Centers é impulsionado com o surgimento e desenvolvimento dos subúrbios, que apresentaram um aumento populacional, especialmente após 1945. Fato este que trouxe uma larga demanda por bens e serviços