sexualidade
CAP. I - (6) ESCLARECIMENTOS SOBRE A APARENTE PREPONDERÂNCIA DA SEXUALIDADE PERVERSA NAS PSICONEUROSES
Freud discute aqui se há uma diferenciação entre psiconeuróticos e normais no que diz respeito a uma prevalência de uma sexualidade perversa.
Porém, ele observou que o psiconeurótico, por conta do recalcamento sexual em grau alto e de uma intensidade hiperpotente da pulsão sexual, poderia estar indicando uma tendência à perversão.
Ele então, questionando a perversão como sendo uma característica dos psiconeuróticos, observa que na maioria dos psiconeuróticos a doença só aparece depois da puberdade, a partir das solicitações da vida sexual normal. É contra esta que se orienta o recalcamento. Ou então a doença se instala mais tarde quando por algum motivo a libido fica privada de satisfação pelas vias normais. Nos dois casos a libido se comporta, como diz Freud, como se fosse uma corrente cujo leito principal foi bloqueado. E assim o excesso toma outras vias na busca de satisfação. Estas outras vias, que viviam quietas, mas presentes, podem indicar que quando for necessária uma satisfação de um desejo represado, esta será usada e aqui se entende que não é uma via normal e sim o que se está ainda chamando de perversão.
Sobre esta relação entre libido represada e as vias colaterais como alternativa para satisfação do desejo, e além do mais, associar esta característica a tendência à perversão sexual, Freud propõe mais pesquisas e observações, ou seja, o assunto fica inconclusivo.
CAP. I - (7) INDICAÇÃO DO INFANTILISMO DA SEXUALIDADE
Essa parte do texto introduz o porquê surgiu o interesse de se estudar a vida sexual da criança. Freud parte do princípio que os neuróticos preservaram o estado infantil de sua sexualidade ou foram retransportados para ele na idade adulta.
Partindo da conclusão de Freud, de que todos os seres humanos já nascem com o germe de suas perversões, mesmo que a intensidade dessas