Sexualidade na escola
07-06-2006 | Fonte: A Capital A juventude angolana vai ganhando consciência de que é preciso aprender muito mais sobre sexualidade, esperando deste modo que o Governo faça a sua parte.
Várias meninas, com idades compendiadas entre os 14 e 16 anos de idade, enchem há já algum tempo as salas do hospital pediátrico de Luanda, unidade na qual são atendidas, todos os dias um número elevado de jovens que se tornaram mães ainda adolescente.
Essas adolescentes, segundo o A Capital, personificam a prova clara de que o País precisa de levar mais a sério a problemática da educação sexual.
Entretanto, médicos daquela unidade hospitalar, mostram-se preocupados com o número elevados de adolescentes levando crianças para consultas de urgência, bebés com poucos meses de vida com a saúde debilitada. “Se mal conseguem tratar de si, o que dizer de cuidar de um recém-nascido?”, questionaram-se. “Dai as constantes mortes de filhos de pré-adolescente”, acrescentaram.
No pátio da pediatria de Luanda, a presença dessas mães adolescentes é uma constante. Passam horas a fios ou mesmo a noite inteira deitadas sobre o chão frio a espera que do interior do hospital saia alguma indicação sobre o estado de saúde dos seus petizes.
Domingas, de apenas 14 anos de idade, esperou por 14 dias e igual número de noites por um notícia do seu bebé. Até que no décimo quinto dia o seu filho acabou por falecer. Assim também se acabava de forma dramática o desejo de romantismo que o levou a iniciar a sua vida sexual sem no entanto estar preparada.
Segundo Domingas, engravidou depois da sua primeira relação sexual e tudo por falta de informação. “Não sabia que, com a minha idade, já podia engravidar”, explicou.
Histórias desses são, infelizmente, comuns em Angola e chegariam inclusive para preencher um estudo gigante sobre a falta de educação sexual e as consequências dessa carência entre a juventude angolana.
Em casa de Domingas, por