sexo e as negas
Além de mostrar o dia a dia de trabalho, a série apresenta também as desavenças sexuais e amorosas das personagens. Aí começou o problema. O programa foi acusado de “reproduzir estereótipos racistas, machistas”.
Desde que estreou, Sexo e as Negas segue dividindo opinião do público. O POVO conversou com a atriz Lilian Valeska, que defendeu a série e garantiu: o sexo não é apresentado de modo apelativo. “É de muito bom gosto e artístico”, diz. Confira a entrevista:
O POVO – Como Sexo e as Negas pode “quebrar tabus”? Você acredita que o público reagiu à série de modo “careta”?
Lilian Valeska – A maior parte reagiu sem caretice. Uma menor parte foi careta e preconceituosa. Eu acho que é como um livro que você lê e cada pessoa interpreta de uma maneira. Depois da estreia, muitas questões foram por água abaixo e daqui pra frente as pessoas vão começar a assistir, se identificar e curtir. Tem uma história para ser desenrolada. Elas (personagens) vão crescer. Têm uma visão do mundo, têm muito sonho para acontecer e elas vão realizá-los.
OP – Historicamente, as atrizes negras foram ocupando papeis menores na televisão (com exceção de algumas artistas, como Tais Araújo e Camila Pitanga). Você acha que a situação já é diferente hoje? Por quê?
Lilian – É um pouco diferente, mas seriam maiores se houvesse mais espaço para as pessoas poderem estudar, porque sem crescimento não tem oportunidade. Não tenho pensamento racista, sou de família de classe média, estudei em Escola Pública do Estado e nunca me senti menor porque sou negra.Tendo como inspiração a série norte-americana Sex and the City, o programa tem como protagonista as amigas Zulma (Karin