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Ligas Camponesas e Sindicatos Rurais em Tempo de Revoluções

A ideia do autor Antônio Torres Montenegro (1987), vem relatar a contradição entre as classes patrão e empregado na região rural do Nordeste. O texto mostra-nos a relação que o empregado tinha com seu patrão era de caráter patriarcal uma relação familiar, com moradia no sítio e com direito de levar o excedente para que fosse negociado no comércio local, tal ato fazia com que o trabalhador criasse uma imagem de pai pela atitude do patrão. Mas com o passar dos dias o patrão não permite mais que seja levado para negociar os produtos excedentes pelos plantadores de cana, e isto faz com que haja um rompimento entre o empregado e seu senhor, o caso agravou-se ainda mais com a doença de sua senhora, quando este foi pedir ajuda financeira a seu patrão e ele negou-lhe o tal valor monetário, com desculpas de dar-lhe um aumento de salário que na verdade não era o suficiente para a compra do medicamento de que tanto precisava para a saúde de sua esposa. O camponês jura para si próprio que naquelas terras não trabalharia mais, e de maneira silenciosa elabora planos melhores para a sua vida e sai em busca de outros meios de subsistência para sua vida e sua família. Trabalha os seus últimos dias no campo para se ver livre das algemas que une o patrão ao homem do campo. É chegada a hora de largar a enxada e livrar-se do opressor, o campo por ser um local distante da cidade não oferece condições suficientemente para o desenvolvimento social do homem. O capital sem o trabalho não existe pois um depende do outro. A relação patrão e empregado será sempre de opressor e oprimido, sempre existirá luta de classes.

Maceió, 2014