serviço social
Exerce, portanto, seu fazer profissional no contexto da contradição e luta das classes fundamentais; burguesia e proletariados. Nesse espaço sócio-ocupacional o assistente social participa do processo de reprodução das relações sociais, fazendo com que a mesma ação interventiva atenda aos interesses das duas classes sociais. As mudanças no mundo do trabalho com a consolidação dos ideais neoliberais têm refletido (e muito) no
Serviço Social, condicionando novas relações de trabalho e redução dos seus espaços de atuação, resultado da precarização das políticas públicas. Ao mesmo tempo e contraditoriamente novos espaços de atuação profissional estão surgindo, tanto como entidades não-governamentais, resultado da transferência de responsabilidades do
Estado, quanto em espaços diversos, resultado de novas demandas impostas pela complexificação da questão social. Cabe ao assistente social estar capacitado e atento à realidade para poder antecipar novas demandas, garantindo a sua inserção e permanência no mercado de trabalho sem perder de vista os princípios da ética profissional e a perspectiva da transformação da ordem social vigente. O Serviço Social, segundo Montaño (1998) tem sua gênese marcada por determinações históricas da evolução da sociedade capitalista. Essa afirmação pertence a primeira das duas teses que tentam explicar a origem e a natureza do Serviço Social. A segunda tese, endogenista, afirma que o Serviço Social é uma
“profissionalização, organização e sistematização da caridade e da filantropia”
(MONTAÑO, 1998, p.16), portanto a-histórica, e, segundo o autor, equivocada, pois não considera os processos históricos, políticos e econômicos da divisão social de classe, espaço esse que se configura como campo de atuação do Serviço Social. Do ponto de vista da tese histórico-crítica, a qual esse artigo