quotidiano das vivências reais que os problemas, na sua multidimensionalidade são percebidos, simultaneamente com a necessidade de articulação entre respostas, entre sistemas, em formas de redes e parcerias, cujo escopo passe pelo reforço da condição de cidadania efectiva e activa, dos indivíduos em situação de exclusão social. É, também, no local, que mais e melhor, deve se realizar a democracia, numa matriz de intervenção participada, entre agentes e sujeitos, enquanto actores sociais, concretizando em cada território um “mundo” mais justo, humanizado e solidário. Sublimando as forças da cooperação em detrimento da competição. A acção social local, quando realmente próxima, quando se expressa de forma verdadeira, pela vontade articulada, quando estimulada politicamente e pela acção cívica, quando qualificada por profissionais de forma multidisciplinar, representa uma mais valia, não só para a coesão social, mas para a vida comunitária no global. No entanto, como pode a acção social local ser tudo o que foi supra referido, num mundo globalizado pela via do mercado, da tecnologização, da informatização, impondo limites cada vez mais estreitos à acção do Estado, e portanto, ainda mais às formas de organização local, obscurecendo a ideia do local como decisão, participação, mais democratização e, por último, mas não o menor, de humanização? A globalização libertou os mercados e actuou sobre os Estados, impondo uma forma única, qual Big-brother, de relações humanas, baseada nas trocas e no consumo, no Ter, na desumanização. A comunidade tende a manter, reorganizar identidades, as relações baseadas noser, impondo o humanismo às trocas e ao mercado. É com dificuldade que, no local, a acção social pode organizar-se, perante a fragilidade das estruturas sociais, públicas e privadas. O Sujeito confronta-se consigo e com o seu papel e identidade social, desorganizada, fragilizada por diversas feridas bio-psiquicas, sociais, culturais e espirituais. Só será possível inverter