Serviço social
Ainda segundo Faleiros (1999), os bons pobres eram aqueles que não se revoltavam contra sua miséria e as condições de trabalho aceitando a chamada ordem divina ou divina providência. Se a crise de desemprego aumentasse, por exemplo, em função das intempéries, organizava-se tanto a distribuição de alimento nas cidades com maior agitação social. No Brasil a caridade remonta ao início da colonização, associado predominantemente à filantropia e a bondade, intimamente ligada a Igreja Católica. Isto se origina com a chegada da Irmandade da Misericórdia e as instalações das primeiras casas, que desde o século XVI, mantém hospitais abertos a população. Criadas com a preocupação de ajudar e amenizar o sofrimento dos grupos socialmente mais vulneráveis - pobres, crianças, carentes, órfãos, idosos, doentes, inválidos, desvalidos - as obras religiosas localizadas junto a conventos e igrejas ampliaram-se de forma acelerada nos séculos seguintes (SANTOS, 2000). Santos, (2000) coloca que se é possível uma formulação história brasileira, diria que constituímos um país que, “descoberto” por portugueses e “catequizado” por integrantes da Igreja Católica, traz, ao longo desse trajeto histórico que forjaram a Nação Colônia, Império e República, elementos constitutivos da formação de uma vida social marcada por desigualdade, exclusão e dominação. Ao longo deste trajeto, a expressão da questão social surge na Europa Ocidental, na