Serviço social: identidade e alienação
Pensar o serviço social: eis a tarefa
Hegel certa vez escreveu que é preciso “Pensar a vida”, e essa idéia acompanhou a autora, que concluiu que o que a impulsionava refletir era o próprio Serviço Social, suas relações com o capitalismo, etc.
Algo que a motivava era o aprofundamento dos estudos sobre a trajetória histórica do Serviço Social, para saber até onde essa trajetória favoreceu ou impediu o desenvolvimento da identidade profissional e da consciência social dos agentes profissionais. Outro ponto era saber até que ponto a alienação estava introduzida na categoria profissional, e também até que ponto os agentes tinham consciência de que a burguesia estava assumindo o controle da sua prática, transformando-a em um instrumento de reprodução das relações sociais de reprodução capitalista, e com isso sua identidade estava sendo moldada, consumida pela burguesia.
E será que os agentes tinham consciência, que se aderissem e operassem com tal identidade estariam a constituir respostas aos interesses do capitalismo? Onde não haveria nenhum potencial de transformação da realidade.
Criticamente a autora conclui “Pensar o Serviço Social, eis a tarefa”, um pensar dialético, que busca compreender o Serviço Social como fenômeno social, histórico e cultural.
A questão fundamental era “a ausência de identidade profissional fragiliza a consciência social da categoria profissional, determinando um percurso alienado e alienador da pratica profissional”.
Essa identidade é a identidade da profissão em si mesma, que está sendo pensada dialeticamente como categoria política e sócio-histórica. Somente recorrendo à dialética como pensamento crítico capaz de desmascarar o real, é que se poderia desvendar os caminhos necessários para buscar a identidade. Apenas no processo histórico que a identidade profissional adquiria concretamente a sua compreensão.
Não é possível estudar a identidade profissional do Serviço Social sem estabelecer ligação com as revoluções