Serviço social em tempo de capital fetiche
As desigualdades que guiam o processo de desenvolvimento do País têm sido uma de suas particularidades históricas. O “moderno” se constrói por meio do “arcaico”, recriando elementos de nossa herança histórica colonial e patrimonialista, ao atualizar marcas persistentes e, ao mesmo tempo, transforma-las, no contexto de mundialização do capital sob a hegemonia financeira. O novo surge pela mediação do passado, transformado e recriado em novas formas nos processos sociais do presente. O país situado como de uma economia “emergente” em um mercado mundializado, carrega a história e sua formação social,imprimindo um caráter peculiar à organização da produção às relações entre estado e a sociedade,atingindo formação do universo político-cultural das classes,grupos e indivíduos sociais. Tais desigualdades relevam o descompasso entre temporalidades teóricas distintas, mas cotidianamente articuladas,quais afetam a economia,a política e a cultura redimensionando,simultaneamente,nossa herança histórica e o presente.A modernidade das forças produtivas do trabalho social convive com padrões retrógrados nas relações no trabalho,radicalizando a questão social. A noção de desenvolvimento desigual é utilizada em sua acepção clássica, a desigualdade entre o desenvolvimento econômico e o desenvolvimento social, entre a expressão das forças produtivas e as relações sociais a formação capitalista, revelando assim como reprodução ampliada de riqueza e das desigualdades sociais,fazendo crescer a pobreza relativa à concentração e centralização do capital,agravando segmentos majoritários do usufruto das conquistas do trabalho social.Desenvolvimento desigual em outra dimensão não menos fundamenta:os tempos desiguais entre as mudanças ocorridas na produção material e as formas culturais,artísticas,judiciárias; que expressam alterações da vida material. A tensão entre o movimento