Serviço social em tempo de capital fetiche
O Serviço Social nasce no berço da Igreja Católica para amenizar os conflitos entre a classe burguesa e o proletariado, defendendo os interesses das classes dominantes, mas trazendo apregoando a prática caritativa. Durante décadas o Serviço Social se baseou nas doutrinas religiosas para realizar sua atuação profissional, enquanto a sociedade na qual estava inserido se modificava rapidamente. Á partir da década de 1990 os assistentes sociais perceberam que precisavam romper com o conservadorismo e buscar um referencial teórico para nortear as suas ações e é então que se inicia o movimento de tentativa de ruptura, que tem seu ápice na década de 1980 , quando os profissionais começam a se utilizar das obras de Marx para tentarem romper com o tradicionalismo e encontrarem um embasamento teórico mais consistente. Começam as produções teóricas no campo do Serviço Social e cada vez mais profissionais buscam se capacitar, se aperfeiçoar continuamente, para lidarem com as novas demandas. Na década de 1990 o mercado de trabalho sofre um grande impacto com o advento das idéias neoliberais implantadas por Collor e continuadas no governo de Fernando Henrique Cardoso, aumentando o desemprego e a pauperização popular, ao passo que as novas tecnologias também avançavam e o Serviço Social encontra novos grandes desafios pela frente , além das divergências entre capital e trabalho, cuja relação conflituosa, originou a criação do Serviço Social. Em meio á todo esse contexto pertinente ao Serviço Social, á também a questão das universidades públicas e privadas da área, que começam a se expandir por todo o território nacional, principal com a chegada do governo de Luiz Inácio da Silva