Serviço social - debate sobre bolsa família
19/06/2012 por mansueto
Decididamente, o mundo hoje é diferente. Na minha época de criança nos anos 70, quando se encontrava uma cobra em casa, como aconteceu várias vezes no quintal da casa dos meus pais, simplesmente pegava-se uma vassoura e se matava a cobra, independentemente da mesma ser ou não venenosa.
Hoje, como mostrado no Bom dia Brasil sobre um caso aqui em Brasília, chama-se a polícia ambiental e moradores saem de casa e se refugiam em um hotel. Mundo diferente esse no qual o aparecimento de uma cobra de tamanho médio causa celeuma e o partido de esquerda no poder, que por anos criticou alianças espúrias, agora faz alianças “pragmáticas”.
Nesse mundo esquisito, vejo na blogosfera um debate sobre um trabalho do professor de economia João Manoel Pinho de Mello da PUC-RJ, um economista com um histórico de títulos e publicação invejável, e Reinaldo Azevedo, a quem admiro pelo raciocínio lógico, artigos bens escritos e papel relevante que tem em informar e estimular um bom debate.
Quem escreve sabe que cometer excessos, algumas vezes, é comum. E quando se escreve em blog isso é ainda mais comum. Dito isso, tenho que confessar que os argumentos do Reinaldo Azevedo me parecem relevantes, o bolsa-família é um bom programa e pode ter tido efeito na redução da violência. Se teve, ótimo, mas é difícil alguém defender o bolsa-família como programa de combate à violência (e acho que os autores do trabalho não fazem isso).
Faço aqui, talvez de maneira irresponsável, três rápidas observações.Primeiro, ter título de doutor e publicar em periódicos respeitáveis o tornam um excelente acadêmico, mas isso não significa que você é mais (ou menos) inteligente que um não economista. Economistas brilhantes erram e não sabem resolver os problemas do mundo porque a teoria não explica o “como fazer”. Por exemplo, como criar boas instituições? Qual a sequência de um programa de reformas para melhorar os