Sertão Nordestino
O semi-árido do Nordeste brasileiro possui aproximadamente 28 milhões de habitantes, correspondendo a 18% da população do Brasil, em uma vasta área, que corresponde a 13,5% do território brasileiro e 74,3% da área do Nordeste. Esta região é considerada uma das mais pobres do planeta. A maior parte vive em estado de miséria absoluta , ou seja, grande parte da sua população não tem rendimento suficiente para manter sua simples energia física.
A sua sobrevivência dá-se as custas de uma agricultura insipiente, de um extrativismo vegetal pobre, e de uma pecuária irrisória. Existe a pecuária bovina e a caprina, sendo esta mais importante que a primeira.
O sertão nordestino apresenta clima seco e quente, pouca chuva (as precipitações ficam em torno de 500 mm) e são mal distribuídas durante o ano. A região do semi-árido brasileiro é, todavia, diversificado nos seus recursos naturais e complexo na convivência do homem com o seu clima. O regime hídrico irregular se constitui num sério fator limitante para a produção agropecuária, todavia, existem áreas com boa disponibilidade de águas superficiais e subterrâneas, bem como recursos de solo apropriados para desenvolver agricultura irrigada, em condições competitivas com outros semi-áridos do mundo.
No aspecto geológico, o Nordeste é constituído por dois tipos estruturais: o embasamento cristalino, representado por 70% da região semi-árida, e as bacias sedimentares. No embasamento cristalino, os solos geralmente são rasos, apresentando baixa capacidade de infiltração, alto escorrimento superficial e reduzida drenagem natural.
Nas bacias sedimentares, os solos geralmente são profundos, com elevada capacidade de infiltração e boa drenagem natural. Estas características possibilitam a existência de um grande suprimento de água de boa qualidade no lençol freático que, pela sua profundidade, está totalmente protegido da evaporação.
O fato das águas subterrâneas constituírem uma potencial reserva no que se refere