Sertão Nordestino/Redação Enem

MORTE E VIDA NO SERTÃO

O problema da seca no nordeste é uma preocupação brasileira que já ultrapassou alguns séculos. A desertificação da região traz inúmeros danos à população, aos animais e a economia do país.
Esse ano foi a pior seca em 50 anos, afetando cerca de 1400 municípios e causou a morte de 1 milhão de “cabeças” de gado, cerca de 40% do rebanho de todo o estado, entre outros animais e até pessoas que morreram de sede e fome.
A população rural é a mais prejudicada, pois é do campo que vem sua fonte de renda, muitos agricultores se endividam através de empréstimos do banco, pois as perdas são imensas, impedindo a reposição do lucro. Algumas famílias vivem apenas do recurso financeiro oferecido pelo governo, que não é suficiente, estas para não morrer de fome e sede se alimentam de aves através da caça, como o pombo, e bebem agua inapropriada deixada pelas raras chuvas.
Portanto analisando o clima árido dessa região pode-se notar que é uma situação perene, entretanto é relevante que algumas mudanças aconteçam como substituir a criação bovina pela caprina, e cultivar frutas e grãos que resistam à seca como a soja, fazendo um bom uso delas como meios lucrativos, transformando as frutas em doces e compota para serem vendidas, e os grãos podendo ser investidos para o mercado externo.
O Profissão Repórter desta terça-feira (21/05) vai ao nordeste mostrar as conseqüências da pior seca em 50 anos.
Felipe Bentivegna acompanhou a situação dos pequenos pecuaristas. Em Pernambuco, um milhão de cabeças morreu por falta de pasto, isso representa 40% do rebanho do estado. O trabalho para tentar salvar o gado que ainda resta começa de madrugada. Os pecuaristas saem em busca de uma planta chamada macambira, mas o esforço muitas vezes é em vão. Apenas um dos pecuaristas entrevistados na reportagem perdeu 100 bois.
Na Paraíba, Felipe mostra a situação dos pequenos fazendeiros, muitos analfabetos. Eles tomaram empréstimos no passado e por causa das secas seguidas